Autointitulado “drag queen satânica”, Coma era o nome artístico utilizado por Trace McNutt nos tempos em que era considerado uma celebridade na comunidade gay. Porém, a vida de McNutt se transformou quando ele aceitou Jesus e encontraram o amor na igreja, segundo afirma, e agora ele vai receber o prêmio “Coragem 2013”, no primeiro jantar consciência Ex-Gay, que será realizada no final deste mês em Washington.
O prêmio será concedido pela Voice of the Voiceless (Voz dos Sem Voz, em tradução livre), uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo defender os direitos dos ex-homossexuais, indivíduos com atração indesejada de mesmo sexo e as suas famílias.
No evento, McNutt falará sobre como Jesus transformou sua vida. Em entrevista ao The Christian Post na última terça-feira, ele falou um pouco sobre sua trajetória de vida, e contou como passou a ser hostilizado por membros da comunidade gay depois que aceitou Jesus e mudou radicalmente o rumo de sua vida.
Ele conta que durante sua infância era vítima de abusos por parte dos colegas, e que cresceu em um lar religioso, porém disfuncional. Junto a isso, a desaprovação que recebia de seus pais o levou a se isolar, segundo relata.
Na adolescência, relata McNutt, ele se tornou obcecado por artistas como o grupo Kiss e Marilyn Manson, que é frequentemente citado como tendo uma suposta ligação com o satanismo. Então, ele conta que começou a sentir atração por pessoas do mesmo sexo e entrou na comunidade gay, o que o levou a uma nova jornada pessoal por aceitação.
- A realeza e os rock stars na comunidade gay são as drag queens – conta McNutt, explicando que decidiu se tornar uma drag queen como forma se ser mais aceito pelo meio no qual passou a conviver, assumindo o nome artístico de Coma.
- Eu decidi que ia ser uma drag queen sombria e assustadora, ter relações sexuais com cadáveres falsos no palco, arrancando cabeças de bonecas e zombando do nome de Jesus Cristo – completou.
Neste ponto de sua vida, McNutt diz que se sentia como se, de repente, tivesse alcançado um sucesso espetacular, porque ele estava lado a lado com as celebridades de todo o país. Mas, mesmo como um “rock star na comunidade gay”, inesperadamente, ele estava sozinho.
- Ninguém estava interessado em mim como Trace, e nem mesmo como Coma, ninguém estava realmente interessado em mim – relata, afirmando que nesse momento de solidão, apesar de todo o aparente sucesso, se tornou viciado em cocaína e sexo, e tentou tirar a própria vida por sete vezes.
Depois da última tentativa de suicídio, um médico descobriu que ele era soro positivo, tinha AIDS, e estava a ponto de morrer de uma forma rara de câncer.
McNutt conta que nesse momento de sua vida, sentiu “o puxão de Jesus” e entrou Calvary Chapel St. Petersburg em Pinellas Park, na Flórida, durante um culto da manhã de domingo. A igreja recebeu-o de braços abertos, e ele finalmente começou a formar relacionamentos saudáveis, afirma.
Ele também disse que, juntamente com a cura espiritual que ele recebeu, foi curado fisicamente e já não tem HIV ou AIDS.
- Eles não podem mesmo encontrar o vírus no meu sangue. Eu acredito que é a graça de Deus que me mantém saudável e medicina moderna também está desempenhando um papel – explicou.
De acordo com McNutt, depois de sua conversão, ele enfrentou uma grande resistência por parte da comunidade gay, na qual antes era tratado como uma estrela. Hostilizado e desprezado pela comunidade gay, ele conta que chegou a receber ameaças de morte por ter se convertido.
- Recebi ameaças de morte. Um cara me disse que ele ia meter uma bala na minha cabeça, porque eu era um traidor para o meu povo – relata.
McNutt resume sua experiência de vida afirmando que Deus não provocou todas essas coisas que acontecem com ele, mas permitiu que acontecessem para que ele pudesse compartilhar “um testemunho para dar esperança a pessoas que estão lutando com a sexualidade”. Ele ressaltou ainda a necessidade que existe dos cristãos fazerem um esforço para compartilhar o Evangelho com a comunidade gay.
Agora ele afirma viver uma nova vida.
- Eu acredito que o oposto da homossexualidade não é a heterossexualidade, mas a santidade. Eu já não me identifico como um homem gay. Eu sou um filho de Deus – explica.
Por Dan Martins, para o Gospel+
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