Em uma entrevista concedida ao jornal O Povo, o pastor falou sobre seu interesse na vida política do país e afirmou que não foi “chamado por Deus” para ser um político, mas que foi chamado para influenciar. Questionado sobre as polêmicas nas quais se envolveu devido a tal influencia, o pastor afirma que atualmente no Brasil há um “jogo” para alijar a influência dos evangélicos na política e na sociedade.
- Não sou dono da verdade, mas acho que um pastor que vive tempo integral e que tem Deus como seu patrão, quando sai disso para ser deputado é como dizer que Deus está sendo um patrão muito ruim pra ele – explicou fazendo, porém, uma ressalva aos pastores auxiliares, profissionais liberais e outros cristãos.
Durante a entrevista vieram à tona também temas polêmicos e recorrentes em seu discurso político, como o aborto e o ativismo gay. Resumindo o aborto como uma relação de “poderosos contra os indefesos”, Malafaia criticou a prática e sua defesa afirmando que o aborto é defendido por aqueles que defendem a promiscuidade e disse que os defensores do aborto se utilizam de argumentos mentirosos e incoerentes em seus discursos pró-aborto.
Questionado sobre o fato de ser visto como o “maior inimigo do homossexual no país”, o pastor reafirmou sua opinião de que o homossexualismo é um comportamento e disse que seus opositores o rotulam de preconceituoso para não precisarem debater ou ouvir sua opinião. Malafaia minimizou ainda o poder político dos ativistas gays afirmando que os números das paradas gays são frequentemente inflados por seus organizadores e que o ativismo gay no país é motivado por um “um interesse de grana” e que tais ativistas “mamam grana dos governos federal, estaduais e municipais, e de empresas estatais”. Ele ainda afirmou duvidar que qualquer um dos principais pré-candidatos à Presidência da República tenha coragem de colocar um ativista gay em seus palanques.
Ao comentar sobre a influência dos evangélicos no processo político, Malafaia afirmou se tratar de um jogo de poder, no qual um segmento da sociedade precisa tomar poder de outro para aumentar sua representatividade.
- Ela era alijada. Não a Igreja, mas os evangélicos, o segmento. Você já viu alguém dar poder? Poder não se dá, irmão. Poder se toma, é o que dizem os políticos, não sou eu. Poder você conquista! Então, quando vem um segmento crescendo, alguém vai perder poder, esse é o jogo. Só se cede poder para não perder poder – afirmou.
Sobre suas preferências politicas para a próxima eleição para presidente, o pastor afirmou que o mineiro Aécio Neves (PSDB) é uma boa opção, mas que está inclinado a apoiar Eduardo Campos (PSB), que recentemente anunciou aliança com a evangélica Marina Silva, união que o pastor classificou como “muito inteligente”.
Malafaia respondeu ainda a questionamentos de que a igreja evangélica estaria se tornando um negócio e afirmou que o cristão está na Terra para conquistar, crescer e gerar bem estar.
- Você encontra gente na igreja evangélica pobre, mas na mendicância, não. O evangelho é uma coisa tão linda que provoca a pessoa a crescer. (…) Nós não recebemos verbas para construir templo, não recebemos para fazer um trabalho social, minha Igreja tem mais de 40 mil membros e nenhum deles passa fome – defendeu o pastor, completando ainda que “você está aqui na terra para conquistar, para crescer, para gerar bem estar”.
- Começa aqui na terra a vida abundante, porque antigamente era só céu, céu, céu, lindo céu, céu, céu. A gente via um viés de santidade, bacana, mas o homem não é só espiritual – completou.
Fonte: Gospel Mais
Fonte: Gospel Hoje
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